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نویسندگان: Afonso Cruz
سری:
ISBN (شابک) : 3124751215, 9788583181125
ناشر: Dublinense
سال نشر: 2020
تعداد صفحات: 0
زبان: Portuguese
فرمت فایل : MOBI (درصورت درخواست کاربر به PDF، EPUB یا AZW3 تبدیل می شود)
حجم فایل: 799 کیلوبایت
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توجه داشته باشید کتاب بیا شاعر بخریم (مجموعه گیرا) نسخه زبان اصلی می باشد و کتاب ترجمه شده به فارسی نمی باشد. وبسایت اینترنشنال لایبرری ارائه دهنده کتاب های زبان اصلی می باشد و هیچ گونه کتاب ترجمه شده یا نوشته شده به فارسی را ارائه نمی دهد.
Arte poética 1 na hora de pôr a mesa, éramos cinco: ainda que tu estejas aí e tu estejas aí e o teu sono anoiteceu mais que a noite o silêncio solar das manhãs há o silêncio circunscrito à tua volta este foi o ano em que nasceste caminha pelo teu corpo um silêncio como uma aragem tu forma de homem pessoa mãe queremos ainda passear entre as manhãs que sofremos, entre as esperas de tudo o que não nos quis, a morte é esta caneta que não é os meus dedos. não te pergunto de onde chegas?, tudo será arrumado um dia. vejo na minha caligrafia as escadas do meu destino. estou sozinho de olhos abertos para a escuridão. estou sozinho. ninguém. 2 quando nasci. esperava que a vida. olho as minhas mãos. nas minhas mãos tudo passa. espelho, és a terra onde as raízes rebentam de mistérios. estou deitado sobre a minha ausência, entre mim e o meu silêncio há gritos de cores estrondosas quantas vezes apostaste a tua vida? a primavera chegou antes do tempo a esta sala. estou sentado numa cadeira simples entre as palavras da minha voz, as minhas palavras, renasce um silêncio há saudade para sentir como há livros nas prateleiras a fechar mundos como não tenho lugar no silêncio onde morrem as gaivotas, estou só numa praça vazia sem mim eram as estrelas, caminhante, 3 fico admirado quando alguém, por acaso e quase sempre tenho aquela que me olha e que olho não posso encontrar mais pergunto se posso dizer o teu nome a uma flor subimos a torre eiffel o marulhar do teu era sangue nas mãos deles do teu hoje não há vento e posso ver-te melhor não quero mentir mais. estou cansado de mentir. no tempo em que éramos felizes não chovia. dá-me alguma da tua pele terra se esta é a história de dois que se resgataram da vida, estou aqui. esta mesa. tu estás sentada num sofá que só posso imaginar ultimamente não consigo dormir e não consigo acordar. ontem todo o amor do mundo não foi suficiente porque o amor não serve de nada. ficaram só esse filho só de sangue que te escorre pelas pernas o barco avança sem destino. quando os nossos corpos se separaram olhámo-nos quase a desejar ser felizes no papel, as palavras escondidas, as nuvens. fingir que está tudo bem: o corpo rasgado e vestido ninguém pode saber que este poema é teu. um dia, quando a ternura for a única regra da manhã, o tempo, subitamente solto pelas ruas e pelos dias, vamos separar-nos. nada nunca mais me trará não. ninguém saberá o que aconteceu. Sobre o autor Coleção Gira Créditos