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O Capital vol 1

مشخصات کتاب

O Capital vol 1

ویرایش:  
نویسندگان:   
سری:  
 
ناشر:  
سال نشر:  
تعداد صفحات: 1493 
زبان: Portuguese 
فرمت فایل : PDF (درصورت درخواست کاربر به PDF، EPUB یا AZW3 تبدیل می شود) 
حجم فایل: 11 مگابایت 

قیمت کتاب (تومان) : 56,000



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فهرست مطالب

SUMÁRIO
NOTA DA EDIÇÃO
	Nota da tradução
NOTA DA EDIÇÃO ELETRÔNICA
APRESENTAÇÃOa
	I. Do liberalismo burguês ao comunismo
		Materialismo histórico, socialismo científico e economia política
	II. Os tormentos da criação
	III. Unificação interdisciplinar das ciências humanas
		Método e estrutura d’O capital
ADVERTÊNCIA AOS LEITORES DO LIVRO I D’O CAPITALa
	Ponto I
	Ponto II
CONSIDERAÇÕES SOBRE O MÉTODO1
	I
	II
	III
	IV
	V
	VI
O CAPITAL
CRÍTICA DA ECONOMIA POLÍTICA
LIVRO I O processo de produção do capital
	Prefácio da primeira edição
	Posfácio da segunda ediçãoa
	Prefácio da edição francesa
	Posfácio da edição francesa
	Prefácio da terceira edição alemã
	Prefácio da edição inglesaa
	Prefácio da quarta edição alemã
Seção I
MERCADORIA E DINHEIRO
	Capítulo 1
	A mercadoria
		1. Os dois fatores da mercadoria: valor de uso e valor (substância do valor, grandeza do valor)
		2. O duplo caráter do trabalho representado nas mercadorias
		3. A forma de valor [Wertform] ou o valor de troca
			A) A forma de valor simples, individual ou ocasional
				1. Os dois polos da expressão do valor: forma de valor relativa e forma de equivalente
				2. A forma de valor relativa
					a) Conteúdo da forma de valor relativa
					b) A determinidade quantitativa da forma de valor relativa
				3. A forma de equivalente
					(“Klínai pénte Ãntì oÏkíav”)
					(“Klínai pénte Ãntì... ösou aï pénte klínai”).
					Além disso, ele vê que a relação de valor que contém essa expressão de valor condiciona, por sua vez, que a casa seja qualitativamente equiparada ao divã e que, sem tal igualdade de essências, essas coisas sensivelmente distintas não poderiam ser relacionadas entre si como grandezas comensuráveis. “A troca”, diz ele, “não pode se dar sem a igualdade, mas a igualdade não pode se dar sem a comensurabilidade” (o3tH Ïsótjv mb o3sjv summetríav). Aqui, porém, ele se detém e abandona a análise subsequente da forma de valor. “No entanto, é na verdade impossível (to mèn o5n Ãljqeíà Ãdúnaton) que coisas tão distintas sejam comensuráveis”, isto é, qualitativamente iguais. Essa equiparação só pode ser algo estranho à verdadeira natureza das coisas, não passando, portanto, de um “artifício para a necessidade prática”.
				4. O conjunto da forma de valor simples
			B) A forma de valor total ou desdobrada
				1. A forma de valor relativa e desdobrada
				2. A forma de equivalente particular
				3. Insuficiências da forma de valor total ou desdobrada
			C) A forma de valor universal
				}
				1. Caráter modificado da forma de valor
				2. A relação de desenvolvimento entre a forma de valor relativa e a forma de equivalente
				3. Transição da forma de valor universal para a forma-dinheiro [Geldform]
			D) A forma-dinheiro
				}
		4. O caráter fetichista da mercadoria e seu segredo
	Capítulo 2
	O processo de troca
	Capítulo 3
	O dinheiro ou a circulação de mercadorias
		1. Medida dos valores
		2. O meio de circulação
			a) A metamorfose das mercadorias
			b) O curso do dinheiro
			c) A moeda. O signo do valor
		3. Dinheiro
			a) Entesouramento
			b) Meio de pagamento
			c) O dinheiro mundial
Seção II
A TRANSFORMAÇÃO DO DINHEIRO EM CAPITAL
	Capítulo 4
	A transformação do dinheiro em capital
		1. A fórmula geral do capital
		2. Contradições da fórmula geral
			“Porque a crematística é uma dupla ciência, a primeira parte pertencendo ao comércio, a segunda à economia, sendo esta última necessária e louvável, ao passo que a primeira se baseia na circulação e é desaprovada com razão (por não se fundar na natureza, mas na trapaça mútua), o usurário é odiado com a mais plena justiça, pois aqui o próprio dinheiro é a fonte do ganho e não é usado para a finalidade para a qual ele foi inventado, pois ele surgiu para a troca de mercadorias, ao passo que o juro transforma dinheiro em mais dinheiro. Isso explica seu nome” (tókov: juro e prole), “pois os filhos são semelhantes aos genitores. Mas o juro é dinheiro de dinheiro, de maneira que, de todos os modos de ganho, esse é o mais contrário à natureza.”35
		3. A compra e a venda de força de trabalho
Seção III
A PRODUÇÃO DO MAIS-VALOR ABSOLUTO
	Capítulo 5
	O processo de trabalho e o processo de valorização
		1. O processo de trabalho
		2. O processo de valorização
	Capítulo 6
	Capital constante e capital variável
	Capítulo 7
	A taxa do mais-valor
		1. O grau de exploração da força de trabalho
		2. Representação do valor do produto em partes proporcionais do produto
		3. A “última hora” de Senior
		4. O mais-produto
	Capítulo 8
	A jornada de trabalho
		1. Os limites da jornada de trabalho
		2. A avidez por mais-trabalho. O fabricante e o boiardo
			O capital não inventou o mais-trabalho. Onde quer que uma parte da sociedade detenha o monopólio dos meios de produção, o trabalhador, livre ou não, tem de adicionar ao tempo de trabalho necessário a sua autoconservação um tempo de trabalho excedente a fim de produzir os meios de subsistência para o possuidor dos meios de produção41, seja esse proprietário o kalóv kÃgaqóv [belo e bom]c ateniense, o teocrata etrusco, o civis romanus [cidadão romano], o barão normando, o escravocrata americano, o boiardo valáquio, o landlord [senhor rural] moderno ou o capitalista42. No entanto, é evidente que em toda formação econômica da sociedade onde predomina não o valor de troca, mas o valor de uso do produto, o mais-trabalho é limitado por um círculo mais amplo ou mais estreito de necessidades, mas nenhum carecimento descomedido de mais-trabalho surge do próprio caráter da produção. Razão pela qual, na Antiguidade, o sobretrabalho só é repudiado quando seu objetivo é obter o valor de troca em sua figura autônoma de dinheiro, na produção de ouro e prata. O trabalho forçado até a morte é, aqui, a forma oficial de sobretrabalho. Basta ler Diodoro Sículo43. Mas essas são exceções no mundo antigo. Assim que os povos, cuja produção ainda se move nas formas inferiores do trabalho escravo, da corveia etc., são arrastados pela produção capitalista e pelo mercado mundial, que faz da venda de seus produtos no exterior o seu principal interesse, os horrores bárbaros da escravidão, da servidão etc. são coroados com o horror civilizado do sobretrabalho. Isso explica por que o trabalho dos negros nos estados sulistas da União Americana conservou certo caráter patriarcal, enquanto a produção ainda se voltava sobretudo às necessidades locais imediatas. Mas à medida que a exportação de algodão tornou-se o interesse vital daqueles estados, o sobretrabalho dos negros,e, por vezes, o consumo de suas vidas em sete anos de trabalho, converteu-se em fator de um sistema calculado e calculista. O objetivo já não era extrair deles uma certa quantidade de produtos úteis. O que importava, agora, era a produção do próprio mais-valor. Algo semelhante ocorreu com a corveia, por exemplo, nos Principados do Danúbio.
			}
			}
		3. Ramos da indústria inglesa sem limites legais à exploração
		4. Trabalho diurno e noturno. O sistema de revezamento
		5. A luta pela jornada normal de trabalho. Leis compulsórias para o prolongamento da jornada de trabalho da metade do século XIV ao final do século XVII
		6. A luta pela jornada normal de trabalho. Limitação do tempo de trabalho por força de lei. A legislação fabril inglesa de 1833 a 1864
		7. A luta pela jornada normal de trabalho. Repercussão da legislação fabril inglesa em outros países
	Capítulo 9
	Taxa e massa do mais-valor
Seção IV
A PRODUÇÃO DO MAIS-VALOR RELATIVO
	Capítulo 10
	O conceito de mais-valor relativo
	Capítulo 11
	Cooperação
	Capítulo 12
	Divisão do trabalho e manufatura
		1. A dupla origem da manufatura
		2. O trabalhador parcial e sua ferramenta
		3. As duas formas fundamentais da manufatura – manufatura heterogênea e manufatura orgânica
		4. Divisão do trabalho na manufatura e divisão do trabalho na sociedade
		5. O caráter capitalista da manufatura
	Capítulo 13
	Maquinaria e grande indústria
		1. Desenvolvimento da maquinaria
		2. Transferência de valor da maquinaria ao produto
		3. Efeitos imediatos da produção mecanizada sobre o trabalhador
			a) Apropriação de forças de trabalho subsidiárias pelo capital. Trabalho feminino e infantil
			b) Prolongamento da jornada de trabalho
			c) Intensificação do trabalho
		4. A fábrica
		5. A luta entre trabalhador e máquina
		6. A teoria da compensação, relativa aos trabalhadores deslocados pela maquinaria
		7. Repulsão e atração de trabalhadores com o desenvolvimento da indústria mecanizada. Crises da indústria algodoeira
		8. O revolucionamento da manufatura, do artesanato e do trabalho domiciliar pela grande indústria
			a) Suprassunção da cooperação fundada no artesanato e na divisão do trabalho
			b) Efeito retroativo do sistema fabril sobre a manufatura e o trabalho domiciliar
			c) A manufatura moderna
			d) O trabalho domiciliar moderno
			e) Transição da manufatura e do trabalho domiciliar modernos para a grande indústria. Aceleração dessa revolução mediante a aplicação das leis fabris a esses modos de produzir [Betriebsweisen]
		9. Legislação fabril (cláusulas sanitárias e educacionais). Sua generalização na Inglaterra
		10. Grande indústria e agricultura
Seção V
A PRODUÇÃO DO MAIS-VALOR ABSOLUTO E RELATIVO
	Capítulo 14
	Mais-valor absoluto e relativo
	Capítulo 15
	Variação de grandeza do preço da força de trabalho e do mais-valor
		I. Grandeza da jornada de trabalho e intensidade do trabalho: constantes (dadas); força produtiva do trabalho: variável
		II. Jornada de trabalho: constante; força produtiva do trabalho: constante; intensidade do trabalho: variável
		III. Força produtiva e intensidade do trabalho: constantes; jornada de trabalho: variável
		IV. Variações simultâneas na duração, força produtiva e intensidade do trabalho
	Capítulo 16
	Diferentes fórmulas para a taxa de mais-valor
Seção VI
O SALÁRIO
	Capítulo 17
	Transformação do valor (ou preço) da força de trabalho em salário
	Capítulo 18
	O salário por tempo
	Capítulo 19
	O salário por peça
	Capítulo 20
	Diversidade nacional dos salários
Seção VII
O processo de acumulação do capital
	Capítulo 21
	Reprodução simples
	Capítulo 22
	Transformação de mais-valor em capital
		1. O processo de produção capitalista em escala ampliada. Conversão das leis de propriedade que regem a produção de mercadorias em leis da apropriação capitalista
		2. Concepção errônea, por parte da economia política, da reprodução em escala ampliada
		3. Divisão do mais-valor em capital e renda. A teoria da abstinência
		4. Circunstâncias que, independentemente da divisão proporcional do mais-valor em capital e renda, determinam o volume da acumulação: grau de exploração da força de trabalho; força produtiva do trabalho; diferença crescente entre capital aplicado e capital consumido; grandeza do capital adiantado
		5. O assim chamado fundo de trabalho
	Capítulo 23
	A lei geral da acumulação capitalista
		1. Demanda crescente de2,5 força de trabalho com a acumulação, conservando-se igual a composição do capital
		2. Diminuição relativa da parte variável do capital à medida que avançam a acumulação e a concentração que a acompanha
		3. Produção progressiva de uma superpopulação relativa ou exército industrial de reserva
		4. Diferentes formas de existência da superpopulação relativa. A lei geral da acumulação capitalista
		5. Ilustração da lei geral da acumulação capitalista
			a) Inglaterra de 1846 a 1866
			b) As camadas mal remuneradas da classe trabalhadora industrial britânica
			c) A população nômade
			d) Efeitos das crises sobre a parcela mais bem remunerada da classe trabalhadora
			e) O proletariado agrícola britânico
				1. Bedfordshire
				2. Berkshire
				3. Buckinghamshire
				4. Cambridgeshire
				5. Essex
				6. Herefordshire
				7. Huntingdonshire
				8. Lincolnshire
				9. Kent
				10. Northamptonshire
				11. Wiltshire
				12. Worcestershire
			f) Irlanda
	Capítulo 24
	A assim chamada acumulação primitiva
		1. O segredo da acumulação primitiva
		2. Expropriação da terra pertencente à população rural
		3. Legislação sanguinária contra os expropriados desde o final do século XV. Leis para a compressão dos salários
		4. Gênese dos arrendatários capitalistas
		5. Efeito retroativo da revolução agrícola sobre a indústria. Criação do mercado interno para o capital industrial
		6. Gênese do capitalista industrial
		7. Tendência histórica da acumulação capitalista
	Capítulo 25
	A teoria moderna da colonização253
APÊNDICE
	Carta de Karl Marx a Friedrich Engelsa
	Carta de Karl Marx a Vera Ivanovna Zasulitcha
	ÍNDICE DE NOMES LITERÁRIOS, BÍBLICOS E MITOLÓGICOS
	BIBLIOGRAFIA
		I. Obras e artigos (inclusive autores anônimos)
		II. Relatórios parlamentares e outras publicações oficiais
		III. Periódicos
	GLOSSÁRIO DA TRADUÇÃO
	TABELA DE EQUIVALÊNCIAS DE PESOS, MEDIDAS E MOEDAS
		Pesos
		Medidas de comprimento
		Medidas de superfície
		Medidas de volume
		Moedas1
	CRONOLOGIA RESUMIDA
	E-BOOKS DA BOITEMPO EDITORIAL
		k   Marx traduz klínai (divã, leito) por Polster (estofado, almofada). (N. T.)
		65   “HEk dè toû puròv tHÃntameíbesqai, fjsín ô hJrákleitov, kaì pûr äpántwn, öpwsper crusoû cramata kaì crjmátwn crusóv” [“Mas do [...] fogo surge tudo, dizia Heráclito, e de tudo surge o fogo, do mesmo modo como do ouro surgem os bens, e dos bens o ouro”], F. Lassalle, Die Philosophie Herakleitos des Dunkeln [A filosofia de Heráclito, o Obscuro] (Berlim, 1858), v. I, p. 222. A nota de Lassalle a essa passagem (p. 224, nota 3) explica incorretamente o dinheiro como mero símbolo de valor.
		92   “O2dèn gàr ÃnqrHpoisin oÎon Ârgurov/ Kakòn nómismH Ëblaste toûto kaì póleiv/ Porqeî, tódH Ândrav Êxanístjsin dómwn./ TódH Êkdidáskei kaì paralássei frénav/ Crjstàv próv aÏscrà prágmaqH Ístasqai brotJn./ Panourgíav dH Ëdeixen ÃnqrHpoiv Ëcein,/ Kaì pantòv Ërgou dussébeian eÏdénai” [“Nunca entre os homens floresceu uma invenção/ pior que o ouro; até cidades ele arrasa,/ afasta os homens de seus lares, arrebata/ e impele almas honestas ao aviltamento, à impiedade em tudo”], Sófocles, Antigone [ed. bras.: “Antígona”, em A trilogia tebana, trad. Mario da Gama Kury, 9. ed., Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2001, versos 344-50].
		93   “HElpizoúsjv tcv pleonexíav Ãnáxein Êk tJn mucJn tcv gcv a2tòn tòn Ploútona” [Em consequência da avareza, que deseja arrancar o próprio Pluto das entranhas da terra], Athen[aeus], Deipnos[ophistae] [,VI, 23].
		6   Aristóteles opõe a economia à crematística, partindo da economia. Por ser a arte do ganho, ela se limita à obtenção daquilo que é necessário à vida e dos bens úteis seja à casa ou ao Estado. “A verdadeira riqueza (ô Ãljqinòv ploûtov) consiste em tais valores de uso, pois a quantidade desses bens suficiente para garantir uma boa vida não é ilimitada. Existe, no entanto, uma segunda arte do ganho, que devemos chamar, de preferência e com razão, de crematística, e para esta última parece não haver qualquer limite à riqueza e às posses. O comércio de mercadorias” (d kapjlika significa, literalmente, comércio varejista, e Aristóteles toma essa forma porque nela predominam os valores de uso) “pertence por natureza não à crematística, pois aqui a troca se dá apenas em relação ao que lhes é necessário (ao comprador e ao vendedor)”, razão pela qual, continua ele, o escambo foi a forma original do comércio de mercadorias, mas com sua expansão surgiu necessariamente o dinheiro. Com a invenção do dinheiro, o escambo teve necessariamente de se desenvolver em kapjlika, em comércio de mercadorias, e este, em contradição com sua tendência original, desenvolveu-se em crematística, na arte de fazer dinheiro. Ora, a crematística se distingue da economia pelo fato de que, “para ela, a circulação é a fonte da riqueza (poijtikb crjmátwn [...] dià crjmátwn metabolov). E ela parece girar em torno do dinheiro, pois este é o início e o fim desse tipo de troca (tò gàr nómisma stoiceîon kaì pérav tov Ãllagov Êstín), de modo que a riqueza, tal como a crematística se esforça por obter, é ilimitada. Assim como toda arte que não é um meio para um fim, mas um fim em si mesmo, é ilimitada em seus esforços, pois busca sempre se aproximar cada vez mais de seu objetivo último, ao passo que as artes que buscam apenas a consecução de meios para um fim não são ilimitadas, pois o próprio fim almejado impõe-lhes seus limites, assim também, para a crematística, não há qualquer limite a seu objetivo último, que é o enriquecimento absoluto. A economia, e não a crematística, tem um limite [...] a primeira tem como finalidade algo distinto do dinheiro; a segunda visa ao aumento deste último [...]. A confusão entre essas duas formas, que se sobrepõem uma à outra, faz com que alguns concebam como fim último da economia a conservação e o aumento do dinheiro ao infinito”, Aristóteles, De Rep. [Política], cit., livro I, c. 8, 9 passim.
		10   “SHzein” é uma das expressões características dos gregos para o entesouramento. Igualmente, o inglês “to save” têm os mesmos dois sentidos: salvar e poupar.
		d   Os quiliastas (do grego cilioí: “mil”) pregavam a doutrina místico-religiosa do retorno de Cristo e do estabelecimento do “Reino Milenar” sobre a terra. Essa crença, surgida na época da decadência da ordem escravocrata, retornou mais tarde sob a forma de diversas seitas medievais. (N. E. A. MEW)
		78   Assim, na Odisseia, XIV, 228, lê-se: “Allov gár tH Âlloisin Ãnbr Êpitérpetai Ërgoiv” [“Pois outro homem se deleita também em outros trabalhos”], e Arquíloco, em Sexto Empírico: “Allov ÂllS ÊpH ËrgS kardíjn Ïaínetai” [“Cada um recreia seus sentidos com um trabalho diferente”]. [Marx extrai essa expressão de Arquíloco, da obra Adversus mathematicos (livro II, 44), de Sexto Empírico. (N. E. A. MEW)]
		79   “PollH hpístato Ërga, kakJv dH hpístato pánta” [“Ele sabia realizar muitos trabalhos, mas sabia todos mal”] – Como produtor de mercadorias, o ateniense sentia-se superior ao espartano, porque este, na guerra, podia dispor de homens, mas não de dinheiro, de acordo com o que, segundo Tucídides, teria dito Péricles no discurso em que incita os atenienses à guerra do Peloponeso. “[...] SHmasí te êtoimóteroi oï a2tourgoì tJn ÃnqrHpwn j cramasi polemeîn” [“Aqueles que produzem para sua subsistência estão mais preparados para fazer guerra com seus corpos do que com dinheiro”], Tucídides, História da guerra do Peloponeso, livro I, c. 141. Entretanto, também na produção material, a a2tarkeía [autarquia], que se opõe à divisão do trabalho, permaneceu como seu ideal, “pois com esta há prosperidade, mas com aquela há independência”. É preciso mencionar que, à época da queda dos “trinta tiranos”, não chegavam a 5 mil os atenienses sem propriedade de terra. [Trinta tiranos – Conselho instituído em Atenas após a Guerra do Peloponeso (101 a.C.), a fim de preparar uma nova constituição. Porém, essa corporação não tardou a tomar todo o poder e a instaurar um regime de terror. Depois de oito meses de domínio violento, os trinta tiranos foram derrubados e a democracia escravista foi restaurada em Atenas. (N. E. A. MEW)]
		80   Platão desenvolve a divisão do trabalho na comunidade a partir da multilateralidade das necessidades e da unilateralidade das capacidades dos indivíduos. O aspecto principal, para ele, é que o trabalhador tem de se ajustar à obra, e não a obra ao trabalhador, o que é inevitável quando ele exerce diversas artes ao mesmo tempo e uma ou outra delas se torna ofício secundário. “O2 gàr oîmai Êqéleitò tò prattómenon tbn toû práttontov scolbn periménein, ÃllH Ãnágkj tòn práttonta tV prattoménS Êpakolouqeîn mb Ên parérgou mérei. – HAnágkj. – HEk db toútwn pleíw te ëkasta gígnetai kaì kállion kaì 1âon, ötan eÎv Èn katà fúsin kaì Ên kairV, scolbn tJn Âllwn Âgwn, práttl” [Pois o trabalho não quer esperar pelo tempo livre daquele que o executa, mas é o trabalhador que tem de se ater ao trabalho, porém não de modo leviano – isto é necessário. Daí se segue, portanto, que se produz mais de cada coisa, e o trabalho é realizado com mais beleza e facilidade quando cada um faz apenas uma coisa, adequada a seu talento natural e no momento certo, estando livre de outras ocupações], De Republica, II, 2 (Baiter, Orelli etc.) Encontramos algo semelhante em Tucídides, História da guerra do Peloponeso, cit., p. 142: “A navegação é uma arte como outra qualquer e não pode, caso as circunstâncias o exijam, ser exercida como ofício acessório, mas, ao contrário, são as outras ocupações que não podem ser exercidas ao lado dela como ofícios acessórios”. Se a obra, diz Platão, “tiver de esperar pelo trabalhador, o momento crítico da produção será frequentemente perdido e o produto se estragará” – Ërgou kairòn dióllutai [perde-se o tempo correto para o trabalho]. A mesma ideia platônica pode ser novamente encontrada no protesto dos proprietários ingleses de branquearias contra a cláusula da lei fabril que estabelece determinado horário para as refeições de todos os trabalhadores. Seu negócio não poderia adequar-se aos trabalhadores, pois “in the various operations of singeing, washing, bleaching, mangling, calendering, and dyeing. none of them can be stopped at a given moment without risk of damage [...] to enforce the same dinner hour for all the workpeople might occasionally subject valuable goods to the risk of danger by incomplete operations” [“as diferentes operações de chamuscar, lavar, alvejar, passar, calandrar e tingir não podem ser interrompidas por momento algum sem o perigo de danos. [...] A imposição da mesma hora de refeição para todos os trabalhadores poderia ocasionalmente expor bens valiosos ao perigo, pois o processo de trabalho ficaria inacabado”]. Le platonisme, où va-t-il se nicher! [O platonismo, onde ele vai parar!]
		111   Esse componente do valor adicionado pela máquina diminui, em termos absolutos e relativos, lá onde ela substitui os cavalos ou, em geral, outros animais de trabalho que são utilizados unicamente como força motriz, e não como máquinas de metabolismo [Stoffwechselmachinen]. Descartes, diga-se de passagem, com sua definição dos animais como meras máquinas, enxerga com os olhos do período manufatureiro, em contraste com a Idade Média, época em que se considera o animal como auxiliar do homem, tal como, posteriormente, ele é considerado pelo sr. Von Haller em sua Restauration der Staatswissenschaften. Que Descartes, do mesmo modo que Bacon, via na forma modificada da produção, assim como no domínio prático da natureza pelo homem, um resultado das modificações operadas no método de pensar, é evidente em seu Discours de la méthode, no qual, entre outras coisas, se lê: “Il est possible [...] de parvenir à des connaissances fort utiles à la vie, et qu’au lieu de cette philosophie spéculative qu’on enseigne dans les écoles, on en peut trouver une pratique, par laquelle, connaissant la force et les actions du feu, de l’eau, de l’air, des astres, et de tous les autres corps qui nous environnent, aussi distinctement que nous connaissons les divers métiers de nos artisans, nous les pourrions employer en même façon à tous les usages auxquels ils sont propres, et ainsi nous rendre comme maîtres et possesseurs de la nature [...] contribuer au perfectionnement de la vie humaine” [“É possível” (por meio do método por ele introduzido na filosofia) “atingir conhecimentos que são muito úteis para a vida, e no lugar daquela filosofia especulativa que se aprende nas escolas, encontrar uma filosofia prática mediante a qual, conhecendo a força e os efeitos do fogo, da água, do ar, dos astros e de todos os demais corpos que nos rodeiam, e conhecendo-os tão precisamente quanto conhecemos os diversos ofícios de nossos artesãos, poderíamos empregá-los da mesma forma para todas as finalidades que lhes são próprias, convertendo-nos, assim, em donos e senhores da natureza, contribuindo então para o aperfeiçoamento da vida humana”]. No prefácio aos Discourses upon Trade (1691), de sir Dudley North, diz-se que a aplicação do método cartesiano à economia política começou a libertá-la de velhas fábulas e ideias supersticiosas sobre o dinheiro, o comércio etc. Na média geral, no entanto, os economistas ingleses da primeira época seguiram os passos de Bacon e Hobbes em filosofia, ao passo que, num período posterior, foi Locke quem se converteu em “o filósofo” katH Êxocan [por excelência] da economia política na Inglaterra, na França e na Itália.




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